SISNAMA parte 1

INTRODUÇÃO
         Toda atividade humana produz impactos sobre o meio ambiente e os recursos naturais. Isto se verifica na produção agrícola e industrial, no planejamento da infra-estrutura de transportes e energia, no abastecimento de água e esgotos, na organização das cidades ou mesmo no aproveitamento da paisagem natural para recreação e lazer. Alguns desses impactos transformam-se em problemas de difícil solução.
          Proibição, multas ou a previsão de custos adicionais para reparar os danos têm se mostrado ineficazes na resolução desses problemas. Precisamos sair da fase do controle, da proibição e da punição, ou seja, do tempo do “não pode”, para a fase do diálogo, em que construímos juntos o “como pode” e o “para que” produzir. Para isso, deve-se buscar o desenvolvimento sustentável, ou seja, incorporar a variável ambiental na estratégia de governo para o desenvolvimento do país, o que resultará em melhor qualidade de vida para a população e na manutenção dessas condições no longo prazo.
          Todos conhecemos as dificuldades em atingir metas definidas em seminários, conferências, fóruns, acordos internacionais e na própria Agenda 21 Brasileira. Muitos dos planos aprovados, por mais participativos e democráticos que sejam, sofrem obstáculos à sua implementação por falta de recursos e de instrumentos efetivos. A concretização de um novo modelo de desenvolvimento, em todos os níveis e esferas, exige ações institucionais que contribuam para fortalecer e habilitar os órgãos e as entidades responsáveis pelo planejamento, regulação, gestão e execução das políticas públicas.             
             Assim  a criação do SISNAMA é um marco na questão ambiental. A capacidade da atuação do Estado na  área ambiental baseia-se na idéia de responsabilidades compartilhadas entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios e entre esses e os demais setores da sociedade. Vários sistemas e entidades foram criados nas últimas duas décadas para articular e dar suporte institucional e técnico para a gestão ambiental no país. Surgem, pois, a partir da Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, o SISNAMA e o CONAMA
           É de fundamental importância para o Engenheiro Ambiental conhecer o sistema de meio ambiente em que estamos inseridos.  Nesse contexto, este trabalho foi proposto para uma analise geral dos órgãos que compõem o SISNAMA, bem como a formulação de uma dissertação onde se relacionam os órgãos e a educação ambiental.
      

Vídeo Pitaguary

E finalizando os posts sobre os Pitaguarys o vídeo feito pela equipe. Apreciem.

 
Produtor do vídeo: Leonardo Bandeira

Visita a Reserva Pitaguary - Relatório


Visita : Pitaguarys
Visitantes: Alunos de Engenharia Ambiental, IFCE.
Dia: 11/ 05/ 11
Horário de saída: 13:30 hrs
Horário de chegada: 16:40 hrs
Cadeira: Ética e Educação Ambiental
Professor: Marcos Vieira
Visitantes: Alunos de Engenharia Ambiental, IFCE.
           Na visita, nós (alunos de Engenharia Ambiental) juntamente com o professor Marcos Vieira, saímos recolhendo o lixo, em especial os sacos plásticos, que estavam jogados no local. Essa atitude foi feita em prol do meio ambiente, e para a conscientização ambiental através do programa da      Prefeitura de Maracanaú “Lixo zero, saúde mil” que tem como principal objetivo combater a destinação inadequada dos resíduos, de forma a reduzir os riscos à saúde ocasionados pelo lixo.
              O cacique Daniel nos recebeu e falou sobre as crenças, histórico e peculiaridades do seu povo. Uma das peculiaridades relatada foi à dança Toré, que se inicia com os participantes dando as mãos e formando um grande círculo, como numa "corrente" de oração. Aqueles que dançam seguem os comandos dos chamados “puxadores” de Toré, geralmente o cacique ou o pajé. O canto é acompanhado pelo som das maracás e muitas vezes conta com a batida de tambores que ficam no centro da roda. É nesse momento que, segundo contam os narradores, a mangueira chora. Dizem que o clamor dos índios escravizados no passado é tão forte que, ao “brincar o Toré ”, debaixo da árvore chove. Para o antigo pajé Pitaguary, seu Zé Filismino, a chuva nada mais é do que o choro da mangueira.O ritual se completa com a ingestão de uma bebida, que é servida para todos os membros num único recipiente e que sempre deve girar em sentido horário.
           Uma das curiosidades que podemos citar sobre o cacique é o relato que ele nos fez de que quando ele era mais jovem, matava animais (vaca, javali,
galinha, etc ) para comer o coração dos mesmos, cru. Ele revela que fazia isso pelo simples prazer de sentir o sabor do sangue dos animais.
           Esse comportamento revela uma semelhança de comportamento com os seus parentes antepassados; em que uma das características marcantes do índio é ser guerreiro, corajoso. E, para o povo da sua tribo sempre lembrar da sua coragem, o cacique tirou os dentes dos animais e com eles fez um colar para si.
           Sobre a língua: Questionado sobre a língua nativa, o cacique Daniel relata que os pitaguarys no passado utilizavam o Tupi, porém desde a época de seus avós já se falava português. Segundo ele, quando os pitaguarys passaram a ter um maior contato com agentes do governo já nessa época o tupi não era muito utilizado e era, até mesmo, falado errado. Assim, os índios foram gradativamente incorporando o português a seu modo de vida e segundo o pajé “se existia o Tupi nessa época ele foi totalmente eliminado da gente”.
            Sobre a religião: Segundo o pajé, a religião na Tribo depende de cada pessoa. Segundo ele, existem católicos que praticam arduamente o religião, indo a igrejas e cultuando sua fé. Em contra partida existem pessoas na tribo que dizem que são de determinada crença, mas não a praticam de nenhuma forma. O pajé não critica nenhuma religião, mas em sua opinião o problema está em os índios não reconhecerem suas próprias raízes religiosas. Para ele: “Crente todos nós somos, quem não é crente é porque não acredita em Deus. Eu acredito em Deus, mas minha religião é a “fé”. Os índios são livres para decidir que tipo de religião eles querem, mas se querem viver na tribo devem seguir os costumes e tradições que já existem há muitos anos.”
           Através de outros questionamentos feitos ao pajé André pudemos retirar outras informações como:
           Os pitaguarys estão aumentando sua população, por isso negam a idéia de que os índios “desapareceram” no Ceará. A maioria dos índios sempre morou na TI Pitaguary, alguns apenas mudaram de casa, terreno ou deslocaram-se no máximo para espaços circunvizinhos. Com isso, as família pertencem a uma rede de parentescos bastante particular.
             A auto- identificação indígena vem junto com o sentimento de origem dos índios e é baseada nos laços de parentescos. Além disso, o sentimento de posse das terras como o espaço comum entre eles e seus antepassados pode ser facilmente percebido.
           Outro elemento importante na cultura Pitaguary são as narrativas orais. Nelas, sempre fica explícita a idéia de contato dos índios com os não-índios. Essas histórias relatam a violência que o índio sofreu, seguida de aprisionamento.
             As lendas também são bastante comuns. Nelas, os pitaguarys relatam sobre seres míticos, como a caipora, por exemplo. Histórias relacionadas com a caipora são freqüentes entre os índios, principalmente quando o assunto é sair para caçar.
            Além de pescar e caçar, os Pitaguarys sobrevivem do extrativismo vegetal, mineral, da agricultura familiar e do artesanato. O plantio de milho, mandioca, jerimum, feijão, também é feito por algumas famílias, mas dependem da estação chuvosa. O artesanato também engloba um grande número de pessoas, mas tem se mostrado vulnerável ao risco do extrativismo descontrolado.Os índios vendem colares, brincos, e diversos instrumento utilizados por eles.Os colares são confeccionados a partir de sementes nativas
             Os empregos formais para os índios são apenas os trabalhos advindos de políticas públicas voltadas para educação indígena. Os cargos mais comuns entre eles são: professores, agentes de saúde, zeladores e vigilantes.
           A criação de animais de pequeno porte como a galinha,porcos, cabra é bastante comum. As alternativas econômicas são poucas, mas os Pitaguarys têm tentado desenvolver pequeno projetos de auto-sustentação com o apoio de órgãos governamentais.
              Uma das figuras que destaca a memória na área dos Pitaguarys é a mangueira centenária. Ela representa a mãe natureza que protege, traz paz e conforto. Além disso, ela representa lembra o genocídio dos índios
(antepassados), pois naquele pé de mangueira, morreram muitos índios enforcados e famintos.
Ela traz uma lembrança do passado, por isso é tão respeitada no presente pelo seu povo. No dia 12 de junho de cada ano, os Pitaguarys se reúnem para dançar o Toré.
CONCLUSÃO
             Concluímos com a visita e este trabalho as crenças, históricos e peculiaridades dos pitaguarys, relatado pelo casique Daniel. Uma das peculiaridades que aprendemos foi a dança do Toré, que se inicia com os participantes dando as mãos e formando um grande círculo, como numa "corrente" de oração. Aqueles que dançam seguem os comandos dos chamados "puxadores" de Toré, geralmente o cacique ou o pajé. O canto é acompanhado pelo som das maracás e muitas vezes conta com a batida de tambores que ficam no centro da roda. É nesse momento que, segundo contam os narradores, a mangueira chora.
          O pajé André relato que os pitaguarys no passado utilizavam o Tupi(a lingua nativa), porém desde a época de seus avós já se falava português. Segundo ele, quando os pitaguarys passaram a ter um maior contato com agentes do governo já nessa época o tupi não era muito utilizado e era, até mesmo, falado errado. Assim, os índios foram gradativamente incorporando o português a seu modo de vida e segundo o pajé "se existia o Tupi nessa época ele foi totalmente eliminado da gente".
           Segundo o pajé, a religião na Tribo depende de cada pessoa. Segundo ele, existem católicos que praticam arduamente o religião, indo a igrejas e cultuando sua fé. Em contra partida existem pessoas na tribo que dizem que são de determinada crença, mas não a praticam de nenhuma forma. O pajé não critica nenhuma religião, mas em sua opinião o problema está em os índios não reconhecerem suas próprias raízes religiosas. Para ele: "Crente todos nós somos, quem não é crente é porque não acredita em Deus. 
              Os pitaguarys estão aumentando sua população, por isso negam a idéia de que os índios "desapareceram" no Ceará. A maioria dos índios sempre morou na TI Pitaguary, alguns apenas mudaram de casa, terreno ou deslocaram-se no máximo para espaços circunvizinhos. Com isso, as família pertencem a uma rede de parentescos bastante particular.
               Além de pescar e caçar, os Pitaguarys sobrevivem do extrativismo vegetal, mineral, da agricultura familiar e do artesanato. O plantio de milho, mandioca, jerimum, feijão, também é feito por algumas famílias, mas dependem da estação chuvosa. O artesanato também engloba um grande número de pessoas, mas tem se mostrado vulnerável ao risco do extrativismo descontrolado.

Alunos: Leonardo bandeira, Lucimara Rodrigues, Alana Karen, Bianca Real

Os indios Pitaguary


INTRODUÇÃO
             No Estudo da Educação Ambiental é de fundamental importância não só a análise teórica dos pontos abordados em sala de aula, mas sim um contanto direto com os problemas ambientais e as pessoas, ou etnias, que sofrem com esses problemas seja no âmbito ambiental ou socioeconômico. Partindo desta inferência, nós os alunos do primeiro semestre de Engenharia Ambiental, fomos visitar a tribo Pitaguary.
               Pitaguary é a auto-denominação do povo indígena que vive ao pé da serra entre os municípios cearenses de Maracanaú, Pacatuba e Maranguape. Distando aproximadamente 26 Km de Fortaleza, a Terra Indígena (TI) Pitaguary está situada na região metropolitana da capital cearense, tendo em seus arredores uma área caracterizada pela concentração de indústrias e urbanização crescente. Habitada pelos Pitaguary desde há muito, essa terra é socialmente marcada por uma série de acontecimentos que fundam a memória coletiva de seu povo. Foi nela que os “troncos velhos” pereceram, deixando suas “raízes antigas”, assim como é dela que sobrevivem os Pitaguary de hoje.
              De origem Tupi, o termo Pitaguary sempre aparece, nos documentos oficiais dos séculos XVII, XVIII e XIX, designando um lugar: uma serra, um sítio ou um terreno. Possivelmente, é um termo derivado de variáveis do nome Potiguara, etnia que teria ocupado extensas terras, já em 1603, na costa cearense. Para o termo “Potiguara” há diversas interpretações e é nelas que se pode perceber a semelhança existente para com a denominação Pitaguary.

Alunos: Leonardo lima bandeira; Alana Karen; Bianca Real; Lucimara Rodrigues. 
Principais fontes de pesquisa: FUNAI

Nova ampliação do Porto do Pecém será licitada em junho

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), lançará no dia 22 de junho,  às 9h30min, a licitação para a execução das obras da segunda fase de  ampliação do Terminal Portuário do Pecém. Os serviços incluem a construção de uma nova ponte de acesso, a ampliação do Terminal de Múltiplo Uso (Tmut), e a pavimentação com engorda do quebra-mar  existente no tramo norte-sul para a nova ampliação do terminal. A  licitação acontece na Comissão Central de Concorrências, na  Procuradoria Geral do Estado.

A nova ampliação do terminal está orçada em cerca de R$ 609 milhões e deverá atender aos futuros empreendimentos, como a refinaria de petróleo Premium II, da Petrobrás, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)siderúrgica, as necessidades da Ferrovia Transnordestina, com  trecho até o Pecém. O edital n.º 20110003 estabelece que podem participar empresas ou sociedade regularmente estabelecida no País, ou consórcio de, no máximo, três empresas de engenharia com experiência em obras similares ou de similar complexidade.

As obras incluem uma nova ponte de acesso ao quebra-mar existente com 1.520 metros de extensão, pavimentação de 1.065 metros sobre o quebra-mar; a ampliação do quebra- mar em cerca de 90 metros; o alargamento em cerca de 33 metros; a construção de 600 metros de cais com dois berços de atracação de navios cargueiros ou porta-contêineres voltados para operação com carga geral e produtos da siderúrgica, refinaria e ferrovia; e a ampliação do pátio da retroárea de aproximadamente 69.000 metros quadrados.

Os serviços tornarão o Porto do Pecém mais competitivo em relação aos demais portos brasileiros, deixando-o mais moderno, melhorando a operação com cargas, e potencializando uma de suas grandes vantagens que é a proximidade dos grandes centros consumidores dos produtos brasileiros como Europa e Estados Unidos. A atual fase de ampliação, que compreende a construção de um Terminal de Múltiplo Uso (TMUT), está  sendo executada devendo ficar prontas ainda este ano.

 Fonte: http://www.ceara.gov.br/component/content/article/3434/3434

Acordo sem aval do governo libera 420 mil km2 de áreas protegidas

 Impacto da aprovação do Código Florestal é considerado desastroso pelo governo, principalmente pela manutenção do agronegócio nas localidades que foram desmatadas até 2008; líder do governo fala em veto presidencial e relator ironiza possibilidade

 

        Uma extensão de terra equivalente a quase duas vezes o Estado de São Paulo - 420 mil km2 - de áreas às margens de rios e nas encostas de morros terá a ocupação liberada para o agronegócio em consequência do acordo celebrado anteontem entre parte da base governista e da oposição para a reforma do Código Florestal. A previsão é que o acordo, fechado à revelia do governo, seja votado no plenário da Câmara nesta terça-feira. 

Wilson Pedrosa/AE          O impacto da reforma do Código já começa a ser dimensionado pelo governo e é considerado desastroso, sobretudo pelo dispositivo que mantém as atividades que ocupam Áreas de Preservação Permanentes (APPs) desmatadas até 2008. As consequências imediatas foram calculadas com base em estimativas dessas áreas que já foram desmatadas.

Ontem, o relator do Código, Aldo Rebelo (PC do B-SP), tentou minimizar o impacto da proposta. Argumentou que o governo federal e os estaduais poderão, por meio de planos de regularização ambiental, estabelecer quais APPs já ocupadas terão de ser recuperadas, isto é, aquelas onde há risco de erosão do solo ou de danos aos rios.

Mas a Casa Civil avalia que a proposta da base e da oposição não só libera da recuperação as áreas já ocupadas, mas poderá colocar em risco a manutenção de outros 600 mil km² de APPs que detêm vegetação nativa.


               Veto. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), acenou ontem com a possibilidade de veto presidencial. Essa possibilidade, porém, foi ironizada por Rebelo. "O que o governo fará com isso, como disse o conselheiro Acácio, são consequências que vêm sempre depois", disse, citando o personagem que só diz obviedades, do escritor Eça de Queiroz.

               A Casa Civil avalia alternativas ao veto. O artigo que libera a ocupação nas APPs, por exemplo, também trata de casos de utilidade pública e de interesse social ou baixo impacto ambiental, temas com os quais o governo concorda. Isso cria dificuldades. De qualquer forma, após a votação na Câmara, o projeto segue ao Senado antes de ir à sanção da presidente Dilma Rousseff.

             Caso as regras acertadas pelos líderes sejam mantidas, o resultado representará uma grande derrota política do governo, imposta por parte de sua base de apoio, além de uma situação complicada para Dilma diante dos compromissos assumidos na campanha eleitoral de vetar a redução das chamadas APPs.

Além da última proposta acordada anteontem entre aliados do governo e a oposição, o Planalto critica mudanças de última hora feitas por Rebelo antes de submeter seu texto ao plenário da Câmara, na semana passada.
               Entre as mudanças estão a possibilidade de médias e grandes propriedades se beneficiarem da dispensa de preservar a vegetação nativa em parcela dos imóveis de até 4 módulos fiscais (de 20 a 400 hectares) - a reserva legal -, já que o mecanismo que bloqueava a hipótese saiu do texto. Outro dispositivo que sumiu do relatório proibia a concessão de crédito a produtores que tivessem as propriedades embargadas por desmate ilegal. "Não estamos tratando aqui de lei de crimes ambientais", reagiu Rebelo.

 

 Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110520/not_imp721648,0.php

Biodigestores


          A falta de tratamento de água e esgoto nas residências brasileiras é, segundo o Ministério da Saúde, a causa de 75% das internações hospitalares no Brasil. Além disso, a técnica da fossa negra, muito utilizada na zona rural, acaba contaminando o lençol freático. Pensando em uma maneira mais sustentável de construir uma fossa, a EMPRADA desenvolveu a fossa séptica biodigestora. Além de ecológica e não poluente, este tipo de fossa produz adubo orgânico que  podode ser usado no cultivo de plantas.  
             Um biodigestor é uma câmara hermeticamente fechada onde matéria orgânica diluída em água sofre um processo de fermentação anaeróbia (sem presença de oxigênio), o que resulta na produção de um efluente líquido de grande poder fertilizador (biofertilizante) e gás metano (biogás). Pode ser feita com tijolos maciços ou com argamassa armada (ferrocimento). 
              É muito usado em lugares que possuem grande quantidade de matéria orgânica, como esterco de animais, lixo orgânico ou dejetos humanos. A China possuía, na década de 70, mais de 7 milhões em funcionamento. Hoje são muitos mais, e dão uma grande contribuição para o saneamento daquele país, e na produção de alimentos e de energia.
No caso do uso para tratar dejetos humanos, o efluente deve sofrer tratamentos posteriores para garantir a segurança sanitária.
              O seu uso gera inúmeras vantagens econômicas e ambientais,  não só como tratamento seguro de esgoto, mas também na produção de biogás, que pode ser usado para iluminar ou cozinhar. Além disso, se adequadamente tratado, resulta em um efluente que pode ser usado como fertilizante líquido de grande valor orgânico.
            O Instituto Ambiental e a EcoFocus desenvolvem e implantam conjuntamente projetos de Biodigestores, unindo a vasta experiência daquele no desenvolvimento desses sistema no Brasil e no mundo, e conhecimento desta em soluções ambientais integradas.
 



Fontes: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1192898305795833496
http://www.ecofocus.com.br/pr/producpr/Biogestorpr/ Acesso em   21/05/2011 às 07:45h

FRITJOF CAPRA e a Teia da Vida

FRITJOF CAPRA
          Nascido a 1 de fevereiro de 1939 e tendo obtido seu título de Doutor em Física pela Universidade de Viena em 1966, aos 27 anos, o austríaco Frijof Capra é, sem dúvida, um dos nomes mais significativos na divulgação da vanguarda dos progressos da ciência, da filosofia e, unindo tudo isso com consciência, principalmente da ecologia em nossos dias, indo, porém, sua contribuição muito além da mera popularização dos avanços da ciência moderna, o que, entre outras coisas, lhe tem custou a inveja e resistência de inúmeros acadêmicos convencionais. Seu nome está intimamente vinculado, de modo explícito, ao surgimento de uma nova maneira de se entender a ciência e, desta forma, de se compreender a realidade que surge, espontaneamente, do questionamento atualmente presente em várias vertentes da ciência e da arte, envolvendo o modo como interpretamos a realidade e de como esta interpretação afeta nosso comportamento frente a nós mesmos e a natureza.
           Ou seja, a obra de Capra reflete todo um clima intelectual e espiritual que atualmente emerge em todo o mundo... Em pensar uma nova maneira mais sensível e significativa de entendimento, propício a uma mudança fundamental da compreensão humana quanto à natureza do conhecimento científico, quer na esfera das ciências físicas, quer na esfera das ciências biológicas e humanas, o que pode implicar, em linhas gerais, uma extraordinária - embora ainda não muito bem sentida e/ou pouco avaliada - transformação cultural. Autores como Alvin Toffler, Alain Touraine, Francisco Maturana, Michel Maffesoli, Frei Betto, Pierre Weil, Leonardo Boff, Stanislav Grof, Roberto Crema e, em especial, Edgar Morin são outros representantes ainda vivos deste movimento que está surgindo independentemente em vários lugares ao mesmo tempo, dentro e fora das academias - em especial fora, pois as academias estão muito dependentes dos recursos provenientes dos meios capitalistas que dizem o que é ou não "interessante" em ser pesquisado e aceito -, seguindo, de maneira mais ou menos independente, suas próprias linhas de pesquisas e que chegam, não obstante suas diferenças de especialização e de ordem cultural e geográficas, a atingir a mesma conclusão epistemológica sobre o atual estado das ciências e do conhecimento humano. Mas em todo este contexto, esta grande tapeçaria de fios inter-laçados, o nome de Fritjof Capra se destaca como sendo o ponto de junção destes vários pensamentos e tendências afins.
           Quando mais jovem, curioso e independente, Capra se deixou levar pela singularidade dos movimentos sociais e pela explosão contestatória dos anos 60, a época da "Revolução das Mentalidades", como bem fala a professora Rose Marie Muraro, que representava a reação da juventude e de outros setores da sociedade a todo um aspecto de uma estrutura econômico-social que não estava satisfazendo às aspirações humanas mais profundas, como, por exemplo, liberdade, igualdade, solidariedade e pela sede de se viver em harmonia para além da imposição do consumismo, com o homem e a natureza, de modo orgânico, diante da tecnocracia desumana dominante e das lutas ideológicas entre os blocos políticos divergentes, que fragmentavam e alienavam as relações entre pessoas e povos e impunham, através da cultura de massas e de relações profissionais, formas e normas de dizer que eram [e são ainda] hierárquicas, dominadoras, patriarcalistas e frias, seguindo rígidos modelos ditos "racionais" de divisão de tarefas, transformando as pessoas em burocratas consumidoras e algumas ainda mais que isso...
          Estas divisões são consideradas, em nossa herança cientificista calcada no capitalismo, como sendo pragmáticas e úteis diante de um racionalismo mecanicista que é visto como sendo o modo 'superior', ou seja, o "único" correto, de se administrar a sociedade e suas várias estruturas internas. Tal discurso esquece o exemplo da História de que a única constante é a própria mudança e que os pretensos dizeres que justificam cada etapa são sempre discursos de Poder, que visam sedimentá-lo e naturalizá-lo em meio as suas muitas contradições factuais.

A Teia da Vida
           O mais recente livro de Fritjof Capra, A Teia da Vida, retoma a visão de interligação ecológica de todos os eventos que ocorrem na Terra e da qual fazemos parte, de forma fundamental. Em muitos pontos, este pode ser o livro mais profundo dos já escritos por Capra. Ele nos apresenta seu conceiteo de Ecologia Profunda neste livro, um termo que, para ele, é mais apropriado que o termo 'holístico', já bastante gasto por pessoas que se apropriaram erroneamente deste termo para comercializá-lo. Nada melhor, então, do que lermos o próprio Capra...
"O novo paradigma que emerge atualmente pode ser descrito de várias maneiras. Pode-se chamá-lo de uma visão de mundo holística, que enfatiza mais o todo que as suas partes. Mas negligenciar as partes em favor do todo também é uma visão reducionista e, por isso mesmo, limitada. Pode-se também chamá-lo de visão de mundo ecológica, e este é o termo que eu prefiro. Uso aqui a expressão ecologia num sentido muito mais amplo e profundo do que aquele em que é usualmente empregado. A consciência ecológica, nesse sentido profundo, reconhecer a interdependência fundamental de todos os fenômenos e o perfeito entrosamento dos indivíduos e das sociedades nos processos cíclicos da natureza. Essa percepção profundamente ecológica está agora emergindo em várias áreas de nossa sociedade, tanto dentro como fora da ciência.
         "O paradigma ecológico é alicerçado pela ciência moderna, mas se acha enraizada numa percepção existencial que vai além do arcabouço científico, no rumo de sua consciência de íntima e sutil unidade de toda a vida e da interdependência de suas múltiplas manifestações e de seus ciclos de mudança e transformação. Em última análise, essa profunda consciência ecológica é espiritual. Quando o conceito de espírito humano é entendido como o modo de consciência em que o indivíduo se sente ligado ao cosmo como um todo, fica claro que a percepção ecológica é espiritual em sua essência mais profunda, e então não é surpreendente o fato de que a nova visão da realidade esteja em harmonia com as concepções das tradições espirituais da humanidade".
Entrevista com Fritjof Capra

 Fonte: http://www.valzacchi.com.br/autoconhecimento/fritjof.htm

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Leonardo Bandeira
Estudante do primeiro semestre de Engenharia Ambiental pelo instituto federal de Maracanaú, formado em Inglês e atual estudante de Francês pelo IMPARH. Criei o blog com o intuito de repassar informações sobre o meio ambiente de forma crítica e direta.
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