Uma Verdade Inconveniente


É fato que a sociedade moderna enfrente problemas ambientais que, não muito tempo atrás, eram tidos como fantasia. Dentre esses problemas destaca-se o aquecimento global.  Mas, será mesmo que estamos contribuindo para intensificar o clima no planeta?  Qual é o ponto de vista do governo em relação a essa problemática?  Esses são questionamentos que são mostrados e exemplificados por Al Gore no filme “Uma Verdade inconveniente”.       
              Do diretor Davis Guggenheim, Uma Verdade Inconveniente é um filme em forma de documentário que mostra o ex-candidato a presidência dos Estados Unidos Al Gore realizando suas palestras de consciência do aquecimento global ao redor do mundo, expondo, de forma didática e simples, os mitos e equívocos que cercam esse tema. Neste retrato íntimo de Gore e seu "Travelling global warming show", aparece como nunca antes na mídia: engraçado, envolvente, aberto e com a intenção de alertar os cidadãos para esta "emergência planetária" antes que seja tarde demais.
               De início, o filme mostra Al Gore em um auditório, utilizando-se de slides, gráficos e vídeos pra falar sobre a problemática ambiental atual, no caso o aquecimento global. É feita uma pequena explanação sobre a camada de ozônio e como os seres humanos a estão afetando é feita e em seguida uma pequena animação, feita pelo criador dos Simpsons, mostrando de forma humorística e sarcástica como o problema vem sendo tratado ao longo do tempo e a alusão a um enorme bloco de gelo para a solução do mesmo, reforçando a gravidade da situação em que estamos.  Al Gore também emprega gráficos com mapas de estatísticas atmosféricas sobre milhões de anos lado a lado com fotografias da Patagônia, do Kilimanjaro, dos Alpes e da Antártida, entre outros locais, para revelar o degelo e mudanças demográficas que vem ocorrendo ao longo dos anos nesses locais, onde o homem pode ser o principal causar desses males.
              Outro ponto abordado é o derretimento das calotas polares e como isso pode afetar nos níveis dos oceanos. A partir de pequenas amostras de gelo, os cientistas podem calcular a temperatura e o nível de CO2 do ano através de bolhas de neve, como também a análise dos isótopos de oxigênio. Com isso é possível? Fazendo uma relação de quanto maior a concentração de CO2 presente nessa amostra maior é a temperatura do ano em que a neve caiu.  Isso também traz os resultados da concentração de dióxido de carbono ao longo de mais de 600.000 anos e notar que nos tempos atuais estamos muito acima do nível do ciclo natural.
           O furação Katrinna também serve de exemplo para demonstrar como o aquecimento mais acentuado dos oceanos influência na dinâmica natural.  Além disso, pontos no globo onde parecia praticamente impossível a formação de furacões estão sofrendo com esses fenômenos.  O aquecimento global também provoca a precipitação acentuada em algumas regiões, já que provoca a evaporação nos oceanos e secas em outras regiões, pois o calor excessivo provoca a evaporação no solo.
Não só problemas são apontados no filme, mas também soluções. Al Gore aponta que a reciclagem, o uso de bicombustíveis, energia limpa, entre outros fatores podem contribuir para uma diminuição dos níveis de CO2 na atmosfera e assim tornar a vida no planeta mais confortável.
              Além de abordar essas questões ambientais, o filme também mostra relatos pessoais e sobre a vida de Al Gore seu ponto de vista em relação ao governo de W. Bush.  Um exemplo disso é a sua relação com seu professor Roger Revelle e como ele influenciou Al Gore na questão ambiental.  Outro ponto é a influência da família de Al Gore no desenvolvimento de suas concepções ambientais e como o acidente de seu o filho marcou sua vida.
              Apesar de todos os gráficos, comprovações científicas e efeitos que podem ser sentidos e relacionados diretamente ao aquecimento global, muitas pessoas ainda tem a concepção de que o aquecimento global é apenas um ciclo natural.  Como o próprio AL Gore menciona o problema pode ser revertido se cada um tomar uma atitude e fizer a sua parte utilizando menos produtos que liberem dióxido de carbono no meio ambiente. Isso já seria o ponto de partida para o encontro de uma sociedade mais limpa.

Michèle Sato

MICHÈLE SATO possui licenciatura em Biologia, mestrado em Filosofia, doutorado em Ciências e pós-doutorado em Educação. É docente associada no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT], sendo colaboradora nas universidades federais de São Carlos [UFSCar, SP] e Rio Grande [FURG, RS], além da Universidade de Santiago de Compostela [Espanha]. Colabora nas comissões editoriais de diversos periódicos e é articuladora de diversas redes potencialmente ambientais. Possui várias experiências nacionais e internacionais na área de Educação Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: fenomenologia - sustentabilidade - ecologismo - arte - mitologia. É bolsista produtividade do CNPq e também escreve crônicas e poesias.

Segue abaixo alguma linhas de Michèle Sato:
"Seria um equívoco acreditar que a religiosidade da biorregião mascara a luta
política explícita na vida mimoseana. Inserida em projetos de Educação Ambiental (EA), Mimoso se recusa a aceitar o inexorável movimento da globalização, projetada na homogeneidade da solidariedade absoluta entre todos os povos, da eliminação das diferenças e da pulsação que segrega o local do global. Heidegger diria que entre o desejo do ideal e o concreto do real há um enorme abismo que necessita ser superado. A mudança de uma sobrevivência predatória a uma vida ética requer instrumentos e educação ainda em plena construção local. Isso não implica, entretanto, desprezar a cidadania planetária, mas antes, institui-se o desafio de sermos realmente justos em construir a requerida cidadania local.

Compreendemos que na riqueza das experiências realizadas no projeto comunitário de EA, há também o paradoxo da estagnação. Se alguns olhares percebem o conhecimento indígena ou popular como “tradicionais”, ou “primitivos”, é preciso problematizar que esta assimetria esconde uma hierarquia perversa da superioridade de quem estabelece e determina a contemporaneidade. A contração do mundo, sob a égide dos controles dominadores, “esconde a riqueza das experiências sociais do mundo... pois as entidades ou experiências específicas estão aprisionadas em escalas que as incapacitam serem alternativas credíveis na racionalidade universal e dominante”

E por fim, segue um vídeo que exemplifica o trabalho de Michèle Sato:

Fonte: SATO, Michèle. A educação ambiental tecida pelas teorias biorregionais. In: FERRARO, Luiz (Org.) Encontros e caminhos Encontros e caminhos Encontros e caminhos Encontros e caminhos - Formação de educadores(as) ambientais e coletivos educadores. Brasília: Diretoria de Educação Ambiental, MMA, 2005, p.35-46 (ISBN: 85-7300-200-x).

Educação Ambiental e Meio Ambiente- O que você pensa sobre isso?

     "Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade". Está é uma das muitas definições que se atribuem ao estudo da educação ambiental. Mas, o que as pessoas ao meu redor pensam sobre o meio ambiente e qual papel da educação ambiental nesse processo ? Partindo desse questionamento fui em busca da opinião de uma pessoa  e ela pode ser lida abaixo:

"No meio ambiente somos apenas uma parcela na teia da vida. Se não compreendermos isso, estaremos ignorando todas as consequências resultantes de nossa interferência. E agir assim é o mesmo que pôr em risco nossa própria sobrevivência. Entretanto,a lógica capitalista é incompatível com as exigências de preservação ambiental, pois o consumismo exacerbado precisa produzir em quantidades cada vez maiores, esgotando as fontes energéticas e gerando desperdício. Portanto, é notória a contradição existente em nossa sociedade entre a pressão do consumo e a necessidade de adotar um comportamento ecologicamente correto. Mas, obviamente, limitar a sociedade consumista é necessário para conscientizá-la de que a dinâmica da natureza não consegue compensar tantas perdas ocasionadas pelo homem."
Renata Cibelle



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Leonardo Bandeira
Estudante do primeiro semestre de Engenharia Ambiental pelo instituto federal de Maracanaú, formado em Inglês e atual estudante de Francês pelo IMPARH. Criei o blog com o intuito de repassar informações sobre o meio ambiente de forma crítica e direta.
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